TDAH

TDAH

TDAH - (Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade): É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e, para muitas pessoas pode durar por toda a vida (até 50% dos casos). Pode ter comorbidade com deficiência intelectual e autismo infantil, dislexia, disgrafia, depressão, transtornos de ansiedade, dependência química. Esse transtorno se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Pode ser classificado em três subtipos: predominantemente desatento, predominantemente hiperativo-impulsivo, tipo combinado. Os sintomas do TDAH não são homogêneos, o que torna seu diagnóstico complexo.

TDAH (tipo desatento):

ü  Dificuldades em prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e profissionais;

ü  Dificuldades em sustentar a atenção;

ü  Parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra;

ü  Frequentemente não segue as instruções;

ü  Dificuldades em organizar tarefas e atividades;

ü  Evitar ou relutar em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante;

ü   Perde coisas;

ü  Ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;

ü   Apresentar esquecimento em atividades diárias;

ü  Fala excessiva;

TDAH (tipo hiperativo-impulsivo):

ü  Mexe as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira;

ü  Não consegue ficar sentado no lugar quando solicitado;

ü  Corre e sobe nas coisas excessivamente;

ü  Apresenta dificuldade em brincar quieto;

ü  Fala excessivamente;

ü  Está sempre “em movimento” ou age frequentemente como se estivesse “ligado em um motor”;

ü  Dificuldade em esperar sua vez;

ü  Responde mesmo antes de a pergunta ter sido concluída;

ü  Interrompe e interfere.

TDAH combinado:                     

ü  Elevada taxa de prejuízo acadêmico; É a combinação das características dos dois tipos de TDAH (desatento e hiperativo-impulsivo).

·         PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DO TDAH :

ü  Baixo desempenho escolar.

ü  Dificuldades de relacionamento.

ü  Baixa auto-estima, entre outros consequências emocionais.

       O diagnóstico desse transtorno é complexo e exige uma avaliação multidisciplinar que envolva as áreas da psicopedagogia, psiquiatria, psicologia, neurologia/neuropsicologia.

·         SUGESTÕES PEDAGÓGICAS:

ü  Sempre utilizar reforços positivos (palavras de apoio, aceno de mão, etc);

ü  Deve-se proporcionar uma boa estrutura, organização e constância (exemplo: mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas);

ü  Colocar o estudante perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor;

ü  Encorajar frequentemente, ser afetuoso e elogiar;

ü  Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas;

ü  Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas;

ü  Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer com que os colegas tenham a mesma atitude;

ü  Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais;

ü  Dar oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida a secretaria, levantar para apontar lápis, etc;

ü  Fazer trabalhos manuais diversos: dobraduras, recorte, colagem, massa de modelar, etc, a fim de desenvolver a atenção e a concentração;

ü  Utilizar jogos diversos apontando regras;

ü  Estabelecer rotina previsível;

ü  Aumentar a comunicação com os pais;

ü  Quando o professor der algumas instruções, pedir ao estudante para repeti-las ou compartilhar com o amigo antes de começar as tarefas;

ü  Utilizar a técnica de aprendizagem ativa: trabalhos em duplas, respostas orais.

ü  Na medida do possível, oferecer para o estudante tarefa diferenciada. Os trabalhos em grupo e a possibilidade de o estudante escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação;

ü  Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades memoriais: tabelas com prazo de entrega solicitados, usar post-it para fazer lembretes e anotações para que o estudante não esqueça o conteúdo;

ü  Etiquetar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou prova;

ü  Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e apostilas e retorno para escola. Desta forma, todo o material fica condensado no mesmo lugar, minimizando perda de material;

ü  Não criticar e apontar os erros cometidos como falha no desempenho. Estudantes com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações. A atitude positiva do professor é um fator decisivo para a melhora no aprendizado.